Olá amigos.
Hoje eu vou colocar minhas opiniões sobre essa onda de renda básica universal.
Você não sabe o que é isso? bem de forma resumida a RBU (renda básica universal), seria um valor qualquer, em dinheiro, que todos receberiam, mesmo que não estivessem trabalhando. Que legal não? você vai ganhar uma graninha mesmo que passe o dia inteiro dormindo e comendo.
Esse debate ganhou força ultimamente por um motivo já antigo: A automação.
“Os robôs vão tomar todos os empregos”, “A inteligência artificial vai tomar conta de tudo”, “A tecnologia vai fabricar tudo e os humanos não vão ter renda”. O curioso é que grande parte destes alarmistas usa tecnologias inimagináveis anos atrás (como as redes sociais), para criar o alerta de que a tecnologia irá tirar empregos.
Alguns bilionários, como Mark Zuckerberg, George Soros e Elon Musk, engrossam o coro da RBU, e até mesmo Stephen Hawking já discursou a favor.
Outro fator que os ativistas da RBU atacam é a desigualdade de renda. “os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres”, “ nossa sociedade está cada vez mais desigual”, “apenas os donos de tecnologia terão renda, o resto vai viver de migalhas”.
Mas há algo que passa desapercebido da mídia: Os maiores defensores de RBU não estão distribuindo SEU PRÓPRIO dinheiro. Zuckerberg, Soros ou Musk não dividem seu patrimônio com ninguém. Não precisa ser a lucratividade de suas empresas, boa parte de seu patrimono já estaria de ótimo tamanho. Eles poderiam tentar viver com o valor que acham justo para os outros e distribuir o resto. O discurso corrente entretanto, é fazer OS OUTROS pagarem pela RBU através de impostos. O discurso é um e a prática é outra.
E quanto ao problema da desigualdade? a história mostra que todas as tentativas de ampliação de uma sociedade igualitária acabaram em miséria e morte de milhões de pessoas. Mas me diga; qual é problema de alguém ter um trilhão de dólares e e outra pessoa viver com salário mínimo?
O que deve ser realmente levado em conta é como esta pessoa vive com este salário mínimo. Ela consegue pagar casa, comida, saúde e educação? então a situação dela é melhor que a maioria.
O problema maior não é ter ricos e pobres, mas sim como os mais pobres vivem na região onde moram. (afinal ser pobre em Luxemburgo é bem diferente de ser pobre na Guatemala.)
Mas a principal questão, ninguém dá uma resposta satisfatória, como esse programa irá se financiar? A resposta mais comum é através do uso de impostos sobre os mais ricos. Mas isto só quer dizer que é a parte mais pobre da sociedade é que vai realmente pagar pelo sistema. E por que? Oras, as pessoas ricas conseguiram seu dinheiro através da venda de produtos e serviços, onde o imposto é tratado como custo. E se o imposto é custo, esse custo depois é repassado para o valor dos produtos. Assim, quem paga impostos de verdade é o consumidor final, que não tem como passar os custos dos impostos para ninguém. Mas depois o peão recebe de volta uma merreca como assistência social. Olha que beleza!
O governo vai colocar impostos em empresas e pessoas ricas, com a intenção de distribuir dinheiro aos pobres. Os ricos vão repassar este novo custo aos seus produtos e serviços, fazendo com que os pobres comprometem mais ainda de sua renda. Depois estes pobres recebem de volta apenas uma parte do que foi recolhido dos impostos; afinal têm-se que pagar os agentes que distribuem o dinheiro.
Seria muito melhor que os pobres ficassem com o dinheiro que foi confiscado dos ricos lá no começo, afinal eles vão ter que pagar por todo o esquemão mesmo. Sem o confisco, os pobres iam ficar com um montante de recursos maior, afinal não serão obrigados a pagar o sistema burocrático criado para distribuição de dinheiro.
Há um outro ponto, porém.
As pessoas reagem a incentivos, e se os incentivos forem errados, todo mundo vai incorrer em erros. E os erros seguidos destroem primeiro a capacidade produtiva e depois a própria sociedade.esfacela.
Vamos dar um exemplo: numa ilha existem 100 pessoas que precisam pescar um peixe todo dia para sobreviver. Eventualmente algumas pessoas pescam os peixes enquanto outros às vezes não pescam nada, aí os pescadores acabam negociando pacificamente os peixes entre si. Mas um belo dia o chefão da ilha decide que isso não é justo e que todos tem que ter o peixe nosso de todo dia. Assim, todos vão ganhar um peixe, independente de pesca-lo ou não.
O que acontece em seguida? não há mais incentivo para que alguém se arrisque no mar e gaste horas a fio para pegar um peixe, se sem fazer nada se consegue um peixe do mesmo jeito.
Em poucos dias, mesmo os mais voluntariosos não se sentiram à vontade para pescar, ainda mais quando se sabe que muito do que se consegue será confiscado.
No final das contas não haverá peixe para ninguém.
A mesma coisa acontece se distribuir dinheiro sem motivo para as pessoas. Logo a produção cai, e a quantidade a ser distribuir diminui sem parar. No fim das contas será necessário imprimir dinheiro, que leva à inflação e destruição da renda e produção capital.
Ao fim e ao cabo, a RBU só vai distribuir pobreza e miséria
Leitura adicional: A renda básica universal é insensata
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